Distúrbios Hemodinâmicos - Choques

"Falência circulatória Aguda, com déficit de oferta de Oxigênio aos tecidos"
 Essa Falência ocorre em decorrência de problemas circulatórios, por isso, é um fator de gravidade, necessita de monitorização continua e transferência a UTI"

Fisiopatologia
  • Macro circulação
  1. Bomba Cardíaca - Precisa exercer uma pressão para vencer o sistema e impulsionar o sangue para frente, sempre tenta vencer a pressão e fazer a circulação.
  2. Resistência arterial - tenta manter uma pressão essencial para manter uma perfusão adequada aos tecidos
  3. Complacência venosa - abriga cerca de 70% do sangue, e quando necessário realiza uma contração e oferta para o coração mais sangue para ser ejetado.
  • Micro circulação 
  1. rede de capilares - fornece nutrientes e recolhe metabólitos
Funcionamento
  • pré-carga : tensão na parede do VE antes da contração -
  • complacência ventricular - quanto mais complacente maior a entrada de volume
  • volume sanguíneo - quanto maior volume, maior a pré-carga
  • pós - carga- pressão que o VE precisa vencer para ejetar sangue do sistema arterial
  • pressão arterial sistêmica - quanto maior essa, maior será a pos-carga.
  • inotropismo: força de contração de VE
microcirculação 
  • coração ejeta sangue para os vasos, ao longo da passagem esse perde pressão e velocidade, de forma que, chega ao capilar com baixa pressão e baixa velocidade. Isso é ideal para manter uma pressão basal, que realiza a perfusão tecidual de maneira apropriada.
  • fisiopatologia 
  • alteração em algumas dessa características é suficiente para o paciente entrar em choque.

Choque Hipovolêmico
"pré-carga reduzida em causa suspeita/conhecida"
Causas
  • Hemorragias: sangramentos
  1.  interno - não visual
  2.  externo - visíveis (mais fácil de tratar)
  • depleção de volume: perda de volume/plasma
  1. perda de agua e sódio (desbalanço neste meio)
  • balanço entre secreção e reabsorção (intestino) -  (diarreia é uma causa de morte en países subdesenvolvidos)
  • balanço entre filtração e reabsorção (sistema excretor) - (diurese osmótica - alta osmolalidade sanguínea, chega sangue para s rins em alto volume com muita agua ao redor. e uso de diuréticos - prolongados ou em doses excessivas, isso causa perda de água)
  • quebra da barreira natural - queimaduras ou exsudatos extensos
manifestações

  • De forma geral, as manifestações ocorrem por a causa ou por a consequência do choque, já que ele exclusivamente não tem seus próprios sinais e sintomas.
  • ocorrem por 3 variáveis principalmente:
1. Esgotamento de volume - má perfusão tecidual associado a hipovolemia
  • cansaço, fadiga, tontura, sede, dor torácica/abdominal, disfunção cerebral, mesentérica ou cardíaca (casos graves) (repercussão no SNC)
2. perda de fluido
  • vômitos, diarreia, poliuria, queimaduras.
3. distúrbios hidroeletrolíticos
  • fraqueza muscular, poliuria, taquipneia, confusão e irritabilidade, letargia, convulsões.
Exame físico e complementar
  • Tugor aumentado, pele seca
  • hipotensão postural, queda progressiva da PA
  • pulsos filiformes
  • elasticidade alterada da pele
  • se perda primária de água: hipernatremia
  • se perda conjunta de sódio e agua: hiponatremia
  • aumento da ureia e creatinina - má perfusão renal

  • diagnóstico basicamente clínico
  • auxiliares - queda do sódio na urina ao EAS e compressão da Veia cava inferior beira -leito
Manejo
  • identificar e tratar as causas subjacentes do choque
  • identificar e tratar distúrbios hidroeletrolíticos
  • avaliar e repor déficit de volume, dependendo do tipo de choque (hemorrágico ou não hemorrágico, a forma de repor o sangue se diferencia)
  • hemorrágico - repõe com hemoderivado
  • não derivados - repõe com cristaloides ou fluidos
Classificar com base na perda

1. perda < 15% do volume, FC normal e PA normal.
2. perda de 15 - 30, FC taquicardia leve e taquipneia, pele fria e hipotensão postural, mas uma PA normal e tempo de enchimento normal
3. perda de 30 - 40 % , repercussão de órgãos, alteração no nível de consciência, taquicardia e taquipneia mais elevadas
4.  mais de 40 % . todos os sinais alteradas e pode evoluir ao coma

Choque hemorrágico
  • reconhecer e reverter lesões graves 
  • conter sangramentos (não adianta repor sangue sem conter sangramento, a pressão direta é essencial para estancar a hemorragia externa e interna comprime ou grampeia o vaso, obter acesso calibrosos e a fluido terapia com cristaloide como tratamento aguda, tratamento definitivo é com transfusão)
  • restabelecer volumes
  • manter oferta de oxigênio

Choque não hemorrágico
  • repõe-se, principalmente, com cristaloides, sendo que o que determina qual será é o tipo e as causas do choque, ou seja, a escolha é individual.



Choque \Cardiogênico
"Incapacidade da bomba cardíaca de fornecer débito cardíaco para comanda do organismo"
  • Diversas etiologias, nem sempre a ejeção de sangue estará reduzida, as vezes a atividade metabólica está elevada, assim, a bomba tenta elevar frequência e debito, mas mesmo assim não é compatível com a demanda do organismo.
Principais causas
  • IAM 
  • Queda da atividade miocárdica pela sepse - choque séptico
  • Valvulopatias
  • Arritmias - Frequência elevado, frequência baixa.
  • Insuficiência Cardíaca
Características
  • Para o paciente evoluir para um Choque cardiogênico, antes ele precisa ter no mínimo 40% do comprometimento de ventrículo esquerdo.
  • Resposta de SNA e SRAA
  • taquicardia -  afim de ejetar mais volume por minuto - aumenta trabalho do coração = piora do quadro de falência
  • Vasoconstrição reflexa - aumento de pós- carga = aumento do trabalho miocárdico
  • retenção de sódio e agua associado ao sistema renina angiotensina aldosterona = aumento de volume
  • Para isso, que existe medicações que evitam essas 3 características
sinais e sintomas 
  •  baixa débito
  • graus variáveis de congestão pulmonar
  • congestão - edema de MMII, anasarca, edema agudo de pulmão....
classificação de KILLIP
"embasada em critérios clínicos - com base na repercussão."
  1. Sem sinais de congestão
  2. B3 estertores basais
  3. EAP - edema agudo de pulmão
  4. choque cardiogênico
  • diagnóstico clinico, com recurso adicional do ecocardiograma beira lento, com o objetivo de avaliar disfunção de parede ou valvular, já que visualizamos problemas ali.
Abordagem
  • lembrando que, todo paciente com choque precisa ser monitorado, ou seja, é um paciente de UTI.
  • Suporte ventilatório
  • proteger VA
  • manter oferta apropriada de oxigênio
  • tratar IRpA - EAP cardiogênico
  • Suporte hemodinâmico
  • pode ocorrer com hipovolemia - choque misto - caso eu oferte volume o paciente fica congesto, caso não oferte o paciente continue em choque, por isso, é necessário ofertar, mais em baixos volumes e com um cuidado a mais, quando percebemos descompensação pulmonar imediatamente paro a incisão de volume e inicio as medidas para congestão (diuréticos, morfina, oxigenoterapia e vasodilatadores).
Drogas usadas
  • Inotrópicos - associar com vasopressores, dopamina em dose mínima, dobutamina se índice cardíaco baixo, alta PCP ou PAD limítrofe.
  • Choque cardiogênico - usa-se dobutamina em conjunto de noradrenalina - melhor hemodinâmica
  • Bomba de balão intra aórtico - casos individuais
  • terapia de reperfusão ou revascularização - tirar o paciente do choque 
  • tratar a causa do choque, caso seja um IAM trata-lo antes.


















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